A esposa do médico, Jussara Rodrigues da Silva Paes, e o filho dele Danilo Paes estão presos desde o dia 4 de julho
Instância superior do Judiciário, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de liberdade para os suspeitos de matar o cardiologista Denirson Paes da Silva, 54 anos, em Aldeia. A farmacêutica e esposa do médico, Jussara
Rodrigues da Silva Paes, 54, e filho do casal, Danilo Paes, 23, estão presos desde o dia 4 de julho como suspeitos do crime.
Para a polícia, apesar de as investigações ainda estarem em andamento, já é possível afirmar que houve crime qualificado, seguido de ocultação. O corpo do médico foi encontrado esquartejado e possivelmente carbonizado dentro da cacimba de casa. A motivação do crime seria o pedido de separação feito por Denirson, que pretendia se mudar para um apartamento, também em Aldeia.
A decisão do STJ de manter Jussara e Danilo presos deverá ser publicada nesta sexta-feira (24). O ministro Nefi Cordeiro, relator do processo e presidente da Sexta Turma do órgão, indeferiu o pedido de liminar nessa quarta-feira (22), sete dias após a ação ter sido protocolada. O Habeas Corpus, agora, deverá ser julgado pelo colegiado do Supremo. Essa foi a terceira tentativa da defesa para libertar os suspeitos. No mês passado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou, por unanimidade, duas liminares.
Laudo de morte aponta que médico foi morto por esganadura
Apesar do estado avançado de decomposição em que os restos mortais foram encontrados, a Polícia Científica concluiu que a causa da morte de Denirson Paes da Silva foi asfixia por esganadura. O laudo foi entregue à família do médico. Após ter acesso ao resultado do documento, o pai do médico, o aposentado Francisco Ferreira da Silva, 79, disse estar convicto da participação de Jussara e do neto, Danilo.
Francisco e Daniel Paes, 20, filho mais novo de Denirson, deram entrada no inventário do médico. No começo deste mês, o aposentado esteve no Recife para auxiliar o neto no processo de divisão de bens. Nem Daniel, nem Francisco visitaram Jussara na Colônia Penal Feminina, na Iputinga, e Danilo no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
Novo prazo para conclusão do inquérito
Perto de completar sessenta dias da descoberta do corpo de Denirson na cacimba, a Polícia Civil pediu à Justiça nova prorrogação do prazo para concluir o inquérito do assassinato. O caso começou a ser investigado em 20 de junho, após a esposa, Jussara Rodrigues, registrar um Boletim de Ocorrência, na Delegacia de Camaragibe, pelo desaparecimento do cardiologista. A versão dela é que ele teria saído de casa no dia 31 de maio e desde então não teria dado notícias.
Segundo Jussara, Denirson teria viajado para Miami no dia 2 de junho, com volta prevista para o dia 12 do mesmo mês. Perguntada sobre o por que o desaparecimento só foi relatado à polícia no dia 20, ela justificou achar que ele teria ido à Russia, assistir aos jogos da Copa do Mundo. De acordo com a polícia, no entanto, não haveria consistência na versão porque o passaporte dele foi encontrado em casa e a viagem teria sido cancelada por Denirson ainda no dia 30 de maio.
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Morram na cadeia mãe e filho
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